Entrevista com Pâmella Marcenal
- santosfilipaalex
- 9 de jul. de 2017
- 5 min de leitura
Hoje trago uma entrevista com a escritora Pâmella Marcenal, escritora do livro "Sob a pele."

Pâmella Marcenal nasceu em 24 de Novembro de 1986, no Rio de Janeiro, onde ainda reside com sua família. Esposa do também escritor Rogerio Veiga, autor de Marfim Negro, mãe da Julia e do Arthur, desistiu da carreira de modelo fotográfica para se dedicar somente a escrita. Sob a Pele é seu romance de estreia, baseado em fatos reais. É colecionadora de livros e filmes, sendo esse o passatempo que mais gosta.
Página do livro Sob a Pele:
Página de textos e reflexões:
Perfil pessoal no facebook :
Instagram 1: @pamellamarcenal
Instagram 2: @autorapamellamarcenal
Grupos destinados as obras da autora:
Link do wattpad: https://www.wattpad.com/user/PamellaMarcenal
Uma mensagem para os leitores: Aos meus, aquela tão conhecida gratidão. Por todos os sentimentos envolvidos em suas leituras. O Obrigada por se deixarem levar pelos personagens e participarem tão maravilhosamente do meu amadurecimento como escritora. Aos que chegam, obrigada por se permitirem algo novo, por me lerem e sentirem através das minhas palavras algo dentro de vocês.
Lista de livros:
Sob a Pele - o amor pode te trazer de volta à vida. - Disponível na Amazon.com.br
Pega, mas não se apega - https://www.wattpad.com/story/12573515-pega-mas-n%C3%A3o-se-apega-completo
1. Desde quando é que escreve?
R: Escrevo desde que aprendi a juntar as letras umas nas outras. Sempre foi um vício com o qual eu não conseguia lutar. Diários, cadernos… Todos os sentimentos que não cabiam em mim precisavam ser transportados para o papel como forma de desabafo.
2. Como descobriu a sua paixão pelos livros?
R: Acho que me dei conta de que amava ler, quando na escola, enquanto os outros alunos reclamavam de serem obrigados a ler para algum trabalho ou mesmo aquelas leituras exigidas, eu ficava ansiosa e feliz quando isso acontecia. Lia de bom grado e não conseguia entender como eles achavam que aquilo era uma punição.
3. Qual é o género que mais gosta de ler? Por quê?
R: Não tenho gênero específico. Eu gosto de ler e só. Desde que a história me leve a isso, vou de fantasia a romance erótico facilmente.
4. Costuma colocar as suas experiências de vida nas suas histórias?
R: Meu primeiro livro, Sob a Pele é uma ficção baseada em fatos reais. A personagem principal é baseada em mim mesma, e todos os outros personagens são baseados em pessoas que eu tive o orgulho ou o desprazer de conviver. Porém, eu tratei de misturar personalidades dentro de um mesmo personagem, então ninguém é exatamente só uma pessoa e a parte da ficção dá essa liberdade. Eu relato no livro o que muitas vivem, problemas que eu passei e que algumas pessoas passam diariamente.
5. Qual foi o livro que mais marcou a sua vida?
R: O primeiro livro que li de forma despretensiosa, fora da escola, foi Eu, Cristiane F. 13 anos, drogada e prostituída. Ele me impactou muito, até porque na época eu era uma criança. Ele foi muito importante para mim por ter sido meu primeiro livro, mas definitivamente Harry Potter marcou a minha vida. Eu cresci com os livros. Já reli todos pelo menos 4 vezes. Aprendi lições realmente valiosas com o universo em geral, e também com a história de Vida da J.K. Rowling
6. Indique 5 livros preferidos.
R: Atualmente eu tenho tido uma queda pelos nacionais, que a cada dia que passa estão se mostrando mais e mais apaixonantes, em todos os gêneros. Minhas indicações hoje vão para livros que eu adorei ler.
- "Porta do Sol", do autor Sandro Vita.
- "Místicos", da autora Ellen Savy
- "Desvendando Princesas", da autora Vanessa Marques
- "Marfim Negro", do autor Rogerio Veiga
- "Aos meus pés", da autora Thays Cristina
Dentro dessa lista todos tem gêneros diferentes, e isso é o mais legal.
7. O que é que lhe motivou para continuar a escrever o seu livro?
R: Quando iniciei o processo de escrita do meu primeiro livro, estava numa depressão profunda e isso me motivou a colocar para fora, jamais imaginei que ele seria publicado por uma editora logo em seguida. Porém depois disso acontecer eu descobri que estava doente. Tuberculose em nível avançado e menos um terço do pulmão. Então eu voltei a depressão e abandonei tudo, inclusive a escrita. Mas o que me motivou a voltar foi o fato de que acredito que todo caminho tem seus buracos negros que vão tentar nos engolir. Cabe a nós saltarmos por eles, ou se caso cairmos, que tenhamos força para escalar até o topo mais uma vez.
8. Como foi criar as suas histórias?
R: Meu processo criativo é bem complicado. Tenho TOCs infinitos e isso me atrapalha muito. No entanto, uma vez que a coisa comece a fluir, a sensação é de que eu posso fazer qualquer coisa. Criar histórias é, apesar de muito cansativo pelo processo de pesquisa, aprendizado constante e estudo, uma forma de expurgar seus demônios ou anjos. Relatar em letras o que você precisa ou quer que o mundo veja.
9. Fale um pouco da sua história.
R: "Sob a Pele" é um livro aparentemente comum. Um romance “bobo” com uma protagonista não tão forte como as que vemos hoje em ascenção. Porém ele tem uma mensagem e um crescimento visível dentro da construção dos seus capítulos. A Jullie amadurece durante a história. A abordagem de temas super polêmicos e pesados acontece de uma forma não muito viscerais, permitindo uma leitura leve, porém cheia de significados.
Já o "Pega, mas não se apega" tem uma pegada mais comédia romântica, linguagem mais livre e a personagem central do livro é forte, decidida e determinada. Este livro foi muito gostoso de escrever, pois foi resultado de uma interação com as leitoras. Como a Gabi ( Protagonista) não curte a ideia de se prender em um relacionamento, as leitoras mandavam as suas histórias de momentos divertidos e loucos e a Gabi os vivia. Então mais uma vez temos a realidade em pauta. E mais uma vez tratamos de assuntos que estão sendo debatidos no mundo todo, neste caso o machismo e a decisão feminina de não se render a um estereótipo imposto pela sociedade.
10. Está pensar em publicar mais algum livro?
R: Sim. Tenho um projeto na gaveta chamado -Pagando bem que mal tem - que pretende visar a transformação de uma menina inocente e recatada em uma prostituta de luxo. e As questões envolvidas no meio. Pela primeira vez pretendo fazer algo mais parecido com milionários e e seu mundo, porém a ideia não é ser mais do mesmo. E também pretendo começar a trabalhar em uma trilogia Fantasia, abordando o tema de imortais, em conjunto com meu marido que também é escritor.
11. Como conheceu a aplicação “wattpad”?
R: O Wattpad veio para mim em segunda instância. Meu primeiro contato com sites de publicação deste tipo foi com o Nyah Fanfiction, onde eu consegui a visibilidade. Quando eu comecei a usar o wattpad já tinha lançado meu primeiro livro físico. Publiquei o Pega mas não se apega por lá. Uma versão menos consistente do que a pretendo apresentar mais para frente em E-book, mas já estamos em 88,700 mil visualizações na plataforma.
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